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O site "Panelinha" ensina sua ceia de Natal tropical



Você já parou para se perguntar como seria um Natal tipicamente brasileiro? Acho que o primeiro item a cair seria a neve. Cair fora, claro! E junto com ela iria o verde-

cipreste do pinheiro, seguido do vermelho-papai-noel, aquele que mora no Polo Norte (e que, desculpa mas não sei se seus pais já revelaram: não existe).

Venho pensando nisso há alguns Natais… Por isso procuro tropicalizar a festa a cada ano. Começou assim, de leve, com um arranjo de flores tropicais. Depois inventei de colocar banana-passa e castanha-de-caju na farofa. Daí montei uma fruteira com jeito de Carmen Miranda – menos cereja, mais abacaxi.

Mas não pense que levanto aqui uma bandeira contra americanismos e europismos, não! Acho que a gente tem que aproveitar o que a data tem de melhor (e, claro, todo mundo é livre para fazer como bem entender). Apenas tento, a cada ano, inventar um jeito de dar mais cara de Brasil a uma festa que tem origem religiosa, e não regional.

É por isso que sempre tento manter o peru natalino no cardápio. Mas este ano… A ave não aparece na ceia, não. É que não se encontra mais no mercado – de jeito nenhum – peru congelado sem tempero pronto. E esse pré-tempero anda cada vez mais forte, tão forte que a gente transpira para que o nosso próprio molho consiga aparecer no preparo (tem que lavar a ave não sei quantas vezes…). Dá certo? Mais ou menos. Mas, olha, dá supercerto, se for do gosto do freguês, simplesmente pular o peru e chamar para a festa um belo lombo de porco. Um lombo festivo e tropicalizado, claro.

A ceia tropical



O lombo recheado é um bom exemplo. A carne é marinada no suco de abacaxi, que termina por formar um molho agridoce. E o recheio é de banana- da-terra. Sentiu o clima? O lombo é aberto em manta – assim fica bem mais fácil enrolar o recheio – e ainda ganha cobertura de fatias de bacon – elas impedem que a carne resseque e dão aquele sabor extra ao preparo.

Para acompanhar, não pode faltar a dupla arroz branco e farofa. Mas é evidente que eu não ia deixar a farofa de banana-passa e castanha-de-caju de fora dessa: é o par perfeito do lombo! Além de sabor, as castanhas dão crocância à combinação. Ah, mas antes do prato principal tem que ter uma entrada digna de ceia: o tradicional salpicão, que tal? Se bem que o tradicional não combina com esta nossa festa, então a gente também renovou/revisitou/abrasileirou o prato.


É por isso que esta receita leva molho de iogurte, e não maionese, e também vai erva-doce (funcho) e rabanete, que são super-refrescantes. A maçã continua! Mas ela (assim como o rabanete) é fatiada no mandolim, aquele utensílio que é capaz de fazer fatias finiiinhas! Fica bem mais saboroso na hora de comer e muda a cara da apresentação. Agora, por esta, você não esperava: em vez de cozinhar o frango, a gente usou frango defumado. O sabor é outro! E a receita fica muito mais prática.



Pronto, já podemos partir para a sobremesa. Ou vamos direto para o cafezinho? Se bem que, no calor de dezembro, café quente nem sempre é a melhor pedida. Sem problema: vamos de sobremesa com café. A gente ficou tão feliz com essa receita que fez dela o destaque da ceia! E por isso deixei para falar no final: o sagu de café com raspas de cítricos é a união de dois clássicos nacionais. Servido bem geladinho (ainda vai um creme), faz as vezes de cafezinho e finaliza a ceia com muito, muito estilo.

Dicas que brilham Quer acertar no alvo deste preparo? Use uma caçarola de inox com fundo triplo alta. O material é ideal para ir ao fogão, já que distribui e mantém melhor o calor. E tem que ser alta porque, ao cozinhar, o sagu pode espirrar. Tem mais: depois de ferver, o sagu cozinha em fogo baixo e em apenas 30 minutos – economia de tempo e gás. Na hora de adicionar o caldo de limão ao sagu, o preparo deve estar frio, do contrário vai amargar a receita. Partiu noite feliz?




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